cinemuquiamericana


Aprecio o tema há quase 10 anos, compartilho aqui uma visão incompleta que implica na seguinte hipótese documental: os fatos arqueológicos encontrados nos sítios onde se localizaram as fronteiras territoriais da guerra fria, no sudoeste da Ásia e na América tropical, comprovam que a estratégia de poder para conter a expansão do socialismo soviético para os países do chamado terceiro mundo, via implementada pelas chamadas democracias aliadas, durante a guerra fria, teve como fato, de um lado, a incorporação definitiva da canabis como ramo estratégico da indústria bélica, e por outro, a abstração psicossocial e jurídica e a consequente criminalização causal (psicotrópica) do fato arqueológico no ocidente, principalmente nos países do Terceiro Mundo. A canabis sativa, a maconha, diamba, jiamba, lhamba, jhambá, degustada no agreste brasileiro, acompanhada de farinha, mel, ou rapadura, iguaria conhecida pelo nome de muquirama, possui muitas variações genéricas e fitogeográficas pelo planeta e verifica-se tratar de uma especiação nativa das regiões tropicais, largamente utilizada como matéria prima para a arte humana desde civilizações remotas, e que na geopolítica da guerra-fria representava para a URSS o que em igual medida o algodão representava para os Estados Unidos neste mesmo período: um ramo estratégico da indústria armamentista, insumo de artefatos essenciais e de primeiras necessidades, que incluiam a alimentação e as vestimentas dos soldados e da população civil então ameaçada pelas expertises beligerantes. Fatualmente, no ano de 1962 localizamos o início da ocorrência arqueológica, quando, pela primeira vez durante a guerra, a estratégia de abastecimento da URSS fora sutilmente desconstruída pelo escritor inglês Anthony Burgess, no livro A Clockwork Orange, titulo orginal em inglês, cuja referência é o uniforme da seleção de futebol da Holanda, sitomaticamente usado pelos soldados debaixo dos uniformes de combate. Em 1972 este mesmo livro de Burguess fora interpretado, filmado por Stanley Kubrikc, no que alguns consideram o filme mais linha dura deste diretor americano. Burguess e Kubrick. O primeiro, oficial do exército inglês na Ásia; o segundo, cineasta diagnosticado "autista de alto desempenho", que com Spartacus (1960), conduziu a maior produção épica americana de todos os tempos até aquele momento. Relatos na história do cinema registram que Burgess e Kubrick se odiaram de morte pelo posicionamento divergente diante da enunciação da narrativa escrita incialmente por Burgess, que no mesmo ano escreveria outro livro (Sementes do Mal), sobre o tema da desumanização do usuário de maconha e sua identificação com o protótipo do jovem eslavisado, que na realidade se encontrava do outro lado do front.A Stanley Kubrick coube revelar o que estava oculto na narrativa aparentemente libertária de Burguess, que representava a perversidade em estado de espírito dos personagens eslavos usuários de maconha, o principal insumo textil da industria bélica da URSs, que no livro é estrategicamente apresentado pelo oficial Burgess ao mesmo tempo que psicotropicalizado e transformado no principal assunto estratégico do eixo democrático a partir de 1962, que na prática apregoaria o combate/confisco das plantações de canabis no terceiro Mundo adequadamente associado ao combate ao terrorismo. A psicotropicaliazação do uso da canabis, registrada no artefato arqueológico, ou seja,no livro escrito por Burgess e interpretado por Kubrick, revela naquela época o vigor bélico de visões estratégicas ainda hoje muito presentes em certas compreensões arqueológicas dos continentes tropicais.

3 comentários:

FerRoDeMiNaS disse...

MACONHA NOS ESTADOS UNIDOS
Maconha é o principal produto agrícola dos EUA, diz agência.

A maconha se tornou principal produto agrícola dos EUA, um negócio de US$ 35,8 bilhões, afirma a agência católica Fides, com base em dados provenientes de vários organismos federais norte-americanos.

Com o aumento da produção, acrescenta a agência, aumenta também o consumo e a preocupação da igreja norte-americana pelos danos sociais e individuais provocados pelo uso da substância.

No país existem, segundo a agência, 56,4 milhões de plantas de maconha cultivadas ao aberto, com uma renda de US$ 31,7 bilhões, e outras 11,7 milhões de plantas cultivadas em estufas e espaços fechados, que constituem uma renda de US$ 4,1 bilhões. A maconha, segundo os dados da Fides, é o principal produto agrícola em termos de rentabilidade em 12 estados, está entre os primeiros três em 30 estados e entre os primeiros cinco em 39 estados.

A plantação de maconha é mais extensa do que a de algodão no Alabama, do que as de uva, hortaliças e feno juntas na Califórnia, do que a de amendoim na Geórgia, e do que a de tabaco na Carolina do Sul e na Carolina do Norte.

Segundo estimativas do governo do EUA, citadas pela agência, a produção interna de maconha aumentou, se multiplicando por dez nos últimos 25 anos, de mil toneladas produzidas em 1981 a 10 toneladas em 2006. Em cinco estados, Califórnia, Tennessee, Kentucky, Havaí e Washington, o cultivo de maconha representa mais de um bilhão de dólares para a economia local.

A Califórnia é o principal produtor e exportador dentro dos EUA, ao ponto que no momento teria substituído seu destaque na produção de vinhos com o destaque em produção de cannabis. Os consumidores californianos de maconha representam 13,25% dos consumidores totais nos EUA, enquanto a Califórnia produz 38,68% da maconha norte-americana.

A produção de drogas ilícitas, afirma a Fides, se baseia muitas vezes em um mercado de trabalhadores clandestinos, sobretudo latino-americanos, e sobre um agressivo sistema de segurança nas plantações, constituído por guardas armados, explosivos e cães de guarda, "que tornam difícil e perigosa a atividade da polícia".

Fonte: Blog Vermelho.

aLiNe sOuZa disse...

eu ainda não estou plantando a minha, mas qual era mesmo a intenção disso?

Observatório do Caos disse...

ué.. ir à Asia fazer uma escavação e no final do ano em Honduras.. heheh..
Brincadeira.. posso ajudar muito mais daqui onde eu estou.. o que quis com o artigo foi com a hipótese documental revelar uma entre as tantas relaçoes da sétima arte com o fato arqueológico, e óbviamente, evacuar o meu cérebro sobre a estratégia dos Eua para vencer a Guerra-Fria.No filme "O cardápio do terceiro" (i)mundo, documentário musical sobre alimentação e cultura popular nos trópicos, espero retomar o tema. por hora eis tudo o que eu tinha para falar. grande beijo